domingo, 27 de dezembro de 2009

quase de volta...



própero Ano Novo.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Belas.

Muitas vezes deparo-me com mulheres ditas letradas mas duma inteligencia emocional dum bebe de um ano.
Vejo-as do alto das suas licenciaturas, mestrados e afins e afins serem as almas mais infelizes e ocas que presencio.
Estudei com mulheres que se tornaram valorozas guerreiras na sua vida emocional, em que a intuição prevaleceu sobre as ditas teorias e verdades absolutas que muitas vezes tenho que ouvir.
Não faço rótulos nem julgo, mas observo a deterioração que certas mulheres que ostentam os seus diplomas em escritorios de designer sofrem, observo o vácuo em que se perdem. A inabilidade de serem alguem de facto e em concreto.
Tenho uma vizinha, há alguns anos a este parte que me impressiona pela competência com que vive, considero-a uma empreendedora.
Um dia em reunião de condomínio ela duma forma clara e contextualizada diz-me que nem o nono ano tem. Até aquele momento imaginei-a uma mulher de carreira, nota-se que é defensora de causas, de coisas em que acredita.
Deixou-me boquiaberto como é que alguém que não tem assim tanta formação consegue ser tão assertiva e emanar tanta simpatia.Ser tão segura de si. Já lhe senti arrogância, ela sabe que pode ser altiva, não só porque é linda como tem atitude. Vejo-a num contexto de vida não assim tão fácil mas com uma capacidade de ser feliz enorme, de ser uma empresária na sua própria vida. Isso deixa-me esperançado na minha própria felicidade, a que almejo para mim.
Não se trata duma paixão recolhida, desenganem-se, mas sim um facto que observo quase diariamente simplesmente e em simultâneo com outros muito infelizes, aqueles que falo no inicio deste pensamento.
Cuidado com as cicatrizes que ostentam no rosto, nenhuma é mais feia e repulsiva que uma mente vazia...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notas mudas


Mergulho dentro do meu som, esse som que me alivia a alma e o corpo.
Esse corpo que já foi tatuado de beijos e gemidos, esta alma que hoje se sente ambíguamente aliviada e sofrida.
Não há dualidades dificies de entender...
Quero o que não quero e tenho o que mereço...unicamente isso...
não será o bastante num mundo de frivolidades?

espero que não...
Porquê o medo da palavra "sempre"?! o sempre só é sempre enquanto dura...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nadas.


A mulher e os detalhes, sou um detalhista. Perco-me em pequenas coisas, em pequenas brilhos e ornamentos. No perfume do cabelo castanho...no brilho da pele morena...nos saltos que te retiro sem desviar o olhar dessa boca que me alimenta...
sem detalhes a obra não vive...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Compleição


Simbiose perfeita Ela, o deslocar-se, o perfumar-se, vestir-se a aparecer-me segura de tudo o que é.

Nunca tive paciência para inseguranças femininas, Ela irradiava exactamente aquilo que era: Beleza, fogosidade e uma delicadeza quase palpável, quase tocavel. Era perfeita no modo de olhar, de seduzir. O modo como usava as pernas deixava-me sempre desarmado, a verdade com que caminhava era destruidora de tudo em sua volta, cabeças voltavam-se, cochichos soavam e ela divertia-se. Sempre se divertiu com as tempestades que criava à sua passagem. Complexa, polémica, amante e amada não só por mim. Facto que me inflamava o ego de sobremaneira...era Ela.

Ela elevou a fasquia de tal maneira que tudo me parece tosco, estranho...aprecio a beleza feminina mas aprecio mais ainda a inteligencia com que Ela se expressava, como usava o encanto para distrair e depois executar, nem todas são dotadas de tal arma... A sua mente labirintica excitava-me afogando-me em libido venenoso e viciante. Atingindo um elevado grau de ansiedade que me retirava tudo, deixando-me só para Ela.

(unica...)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Surreal

Por vezes sou sugado para surrealidades que nem eu mesmo sei explica-las. E mesmo quando todos os sinais vermelhos se acendem eu não páro, acidentando-me mais à frente numa surrealidade abstracta e incompreensível.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

só-mente


Posso amar-te em paz agora, agora que já não te quero, que não te preciso.
Que não tenho o desejo súbito de saber como foi o teu dia, que não tenho que ouvir o chuveiro do teu duche.
Acho que tranquilamente posso respirar sem sentir o cheiro desse mesmo duche pela minha vida. A mistura do vapor que me enebriava a mente.Sabendo que me chamarias no fim desse mesmo duche, que o terminaríamos juntos...rasgando humidades.
Estou em paz, nesta ausência que sei que pedi, é bom amar-te assim sem pressões e expectativas. Sem ter que explicar o porquê, nem tudo tem um propósito, eu gosto de amar sem destino sem uma razão.
A minha casa parece-me enorme, é aqui que guardo o meu amor bem protegido, longe da acidez seca que o contemplaste... agora tenho espaço para amar-te, onde posso sentir esse amor solitariamente.



(in me) solitariadades

sábado, 24 de outubro de 2009

Arrived


Chegavas sempre cansada, estafada das mil e uma coisas que punhas em mente a ser feitas, achavas sempre tudo extremamente necessário e imprescindível, eu limitava-me acolher-te em silencio porque o sorriso que me colocavas no rosto era o meu melhor "fechar de dia".

domingo, 18 de outubro de 2009

Sigo


Tento não olhar para trás, atrás existes tu e eu já não quero olhar-te, nem desprover-te de roupas e encher-te de libido. Esse tempo chegou a um fim que se dizia anunciado mas que nunca foi recebido.
Deixo-te em estado reactivo, sem entender o porquê de muitas das reacções...só sentindo o torpor das mesmas nas têmporas quase em sangramento.
Quase me sinto absurdo nesta demanda de entender-te e confesso-me profundamente derrotado e desarmado perante tamanha queda.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Vácuo


Dar e receber




que equação tão difícil de ser feita e mais executada, quando não tem que ser permitida também.


É sempre com profundo nojo de mim mesmo que me noto em débito, em desfalque, porque o que dei, não abrangeu o que recebi. Sei que nunca me controlarei na hora de dar, porque sinceramente enquanto o faço sou acometido de tal amnésia que qualquer tentativa de controlar-me cai por terra.


Faltam-me palavras que verbalizem a minha sensação de nada.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Profeta de mim


Sei profetizar-me em cada ruga do meu rosto
em cada veia que me lateja enquanto te toco.
Amparando o teu âmago que me sabe sempre, sempre a canela almariscada.
Sei profetizar-me enquanto que me digo não
sentindo o sim tomando posse de mim.
Em mim que resido vangloriando esta vontade tão bem controlada.
Amarguro cada sinal da tua existência em mim,
cada gota de suor derramada aquando da tua passagem.
Profetizo que voltas mais faminta que nunca,
mas voraz que algum dia foste...
espero nada esperando.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

apresento-me


Tudo é fugaz e por vezes tão instantâneo por isso mesmo a minha presença aqui é quase insignificante como esta primeira chuva de Outono que me molha o vidro do carro e na primeira curva que eu faça, estará seca e restarão apenas marcas e essas mesmas serão efémeras...


...tal como a minha própria passagem...Aqui.