terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notas mudas


Mergulho dentro do meu som, esse som que me alivia a alma e o corpo.
Esse corpo que já foi tatuado de beijos e gemidos, esta alma que hoje se sente ambíguamente aliviada e sofrida.
Não há dualidades dificies de entender...
Quero o que não quero e tenho o que mereço...unicamente isso...
não será o bastante num mundo de frivolidades?

espero que não...
Porquê o medo da palavra "sempre"?! o sempre só é sempre enquanto dura...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nadas.


A mulher e os detalhes, sou um detalhista. Perco-me em pequenas coisas, em pequenas brilhos e ornamentos. No perfume do cabelo castanho...no brilho da pele morena...nos saltos que te retiro sem desviar o olhar dessa boca que me alimenta...
sem detalhes a obra não vive...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Compleição


Simbiose perfeita Ela, o deslocar-se, o perfumar-se, vestir-se a aparecer-me segura de tudo o que é.

Nunca tive paciência para inseguranças femininas, Ela irradiava exactamente aquilo que era: Beleza, fogosidade e uma delicadeza quase palpável, quase tocavel. Era perfeita no modo de olhar, de seduzir. O modo como usava as pernas deixava-me sempre desarmado, a verdade com que caminhava era destruidora de tudo em sua volta, cabeças voltavam-se, cochichos soavam e ela divertia-se. Sempre se divertiu com as tempestades que criava à sua passagem. Complexa, polémica, amante e amada não só por mim. Facto que me inflamava o ego de sobremaneira...era Ela.

Ela elevou a fasquia de tal maneira que tudo me parece tosco, estranho...aprecio a beleza feminina mas aprecio mais ainda a inteligencia com que Ela se expressava, como usava o encanto para distrair e depois executar, nem todas são dotadas de tal arma... A sua mente labirintica excitava-me afogando-me em libido venenoso e viciante. Atingindo um elevado grau de ansiedade que me retirava tudo, deixando-me só para Ela.

(unica...)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Surreal

Por vezes sou sugado para surrealidades que nem eu mesmo sei explica-las. E mesmo quando todos os sinais vermelhos se acendem eu não páro, acidentando-me mais à frente numa surrealidade abstracta e incompreensível.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

só-mente


Posso amar-te em paz agora, agora que já não te quero, que não te preciso.
Que não tenho o desejo súbito de saber como foi o teu dia, que não tenho que ouvir o chuveiro do teu duche.
Acho que tranquilamente posso respirar sem sentir o cheiro desse mesmo duche pela minha vida. A mistura do vapor que me enebriava a mente.Sabendo que me chamarias no fim desse mesmo duche, que o terminaríamos juntos...rasgando humidades.
Estou em paz, nesta ausência que sei que pedi, é bom amar-te assim sem pressões e expectativas. Sem ter que explicar o porquê, nem tudo tem um propósito, eu gosto de amar sem destino sem uma razão.
A minha casa parece-me enorme, é aqui que guardo o meu amor bem protegido, longe da acidez seca que o contemplaste... agora tenho espaço para amar-te, onde posso sentir esse amor solitariamente.



(in me) solitariadades